segunda-feira, 29 de junho de 2009

FILOSOFIA CÍNICA? SIM, SOU ADEPTA

Tela: Diógenes , o cínico


La Bruyére (parceiro nesta crônica de hoje) diz para ninguém se indignar contra o homem ao ver sua dureza, sua ingratidão, sua injustiça, sua arrogância, seu egoísmo e o esquecimento dos outros; são feitos assim, é sua natureza, é não poder suportar que a pedra caia ou que o fogo suba.


E conclui: num certo sentido, os homens não são levianos ou só o são nas pequenas coisas. Mudam seus trajes, sua linguagem, suas aparências, suas atitudes, e algumas vezes mudam de gosto, mas conservam sempre seus maus costumes, são firmes e constantes no mal ou na indiferença pela virtude.


A propósito, existe um ramo da filosofia conhecida como estóica, que teve ajuda da filosofia cínica e foi fundada por Zenão, em Antenas lá por volta de 300 a.C.


O estoicismo é uma espécie de “divertimento do espírito” – há quem afirme – É dito também, que os estóicos inventaram que se podia rir na pobreza; que se podia ser insensível às injúrias, à ingratidão, à perda dos bens, como à dos amigos e parentes; que a morte devia ser olhada friamente, como coisa que não deve alegrar nem entristecer; que o prazer e a dor não nos venceriam; sentir o ferro ou o fogo dilacerando ou queimando o corpo, sem exalar um suspiro, nem verter lágrimas. ( Esse “fantasma de virtude” e de constância assim imaginado, podemos chamar-. de sábio).


O interessante, é que essa filosofia não tira do homem os seus defeitos e quase não modifica nenhuma de suas fraquezas, não faz dos vícios pinturas horríveis ou ridículas que servissem para corrigi-lo, mostram-lhe o perfil de uma perfeição e de um heroísmo de que ele é incapaz e exortaram-no assim a realizar o impossível.


Desse modo o sábio, que não é, ou que é somente imaginário, julga-se naturalmente superior a todos os acontecimentos e a todos os males, nem a gota mais dolorosa nem a cólica mais aguda poderiam lhe arrancar uma queixa; o céu e a terra podem desabar sem que consigam arrastá-lo em sua queda e ele haveria de permanecer firme sobre as ruínas do universo, enquanto o homem que perdeu realmente seu sentido se exaspera, grita, se desespera, escancara os olhos e perde a respiração só por um cão perdido ou por uma porcelana feita pedaços.


Dito isto, como não sou sábia, me inclino mais para a filosofia cínica criada por Antístenes, um discípulo de Sócrates, por volta de 400 a. C., cuja filosofia consiste em achar que a verdadeira felicidade não depende de fatores externos como o luxo, o poder político e outras tais e sim da libertação das coisas casuais e efêmeras.

2 comentários:

chica disse...

Quantos"sábios" que mesmo não o sendo, se julgam, temos por aí,não? Linda crônica!beijos,chica

Anônimo disse...

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