quinta-feira, 28 de junho de 2007

EM SE TRATANDO DE FÉ
















Conta S. Marcos que certa vez, Jesus após uma pregação lançou-se ao mar, juntamente com alguns homens para alcançar a província dos Gadarenos. Durante a travessia levantou-se um grande temporal e subiram as ondas por cima do barco, que começou a se encher de água. Jesus dormia tranqüilamente na popa do barco e despertaram-no dizendo-lhe: “ Mestre, não se te dá que perecemos?” Ele despertando, repreendeu o vento e disse: “Cala-te , aquieta-te”. O vento se aquietou e houve grande bonança. Para os que estavam apavorados Jesus indagou: “Ainda não tendes fé” ?
Em se tratando de fé, sou também passageiro de um barco à deriva em águas revoltas. O temporal me mete medo, só que não sei como despertar o Senhor dos mares, o que apazigua. Contudo, clamo por ajuda e em meu socorro espero que Ele me envie Felipe, àquele de quem se fala em Atos, que vendo o mordomo-mór de Candece, rainha dos etíopes e superintendente de todos os seus tesouros, lendo o profeta Isaias, perguntou-lhe: “Entendes tu o que lês”?
A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam. E a prova das coisas que não se vêem o que diz o apóstolo Paulo em carta aos Hebreus. Já aos romanos, ele pede tolerância para com os fracos na fé, dizendo: “ quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas. Porque um crê que tudo se pode comer e outro que é fraco, come legumes. O que come não despreza o que não come e o que não come não julgue o que come porque Deus o recebeu por seu.


Saulo, tenaz perseguidor dos cristãos tornou-se o apóstolo Paulo. Francisco, o jovem “ rei das festas”, abandonou os prazeres do mundo pela vida religiosa, tornou-se São Francisco de Assis. Agostinho, que além de outros pecados, cometia pequenos furtos, “não premido pela necessidade, mas por desprezo à justiça e excesso de maldade”, tornou-se o sábio Santo Agostinho. Todos eles alcançaram a fé através do conhecimento.
Santo Agostinho explica que o conhecimento abrange o homem inteiro. A alma é uma substância dotada de razão e apta a governar o corpo. A fé serve de ponto de partida para colocar a mente na posição certa, marca os limites do campo que a razão deverá preencher. A realização vem quando se compreende aquilo em que se acredita.


Que venha a mim pois, o conhecimento e conseqüentemente a compreensão e a fé.



Zélia Maria Freire






quarta-feira, 27 de junho de 2007

Não conheceu o povo brasileiro

















No ano de 1877, Émile Zola publicou o romance L’Assommoir (A Taverna). Apesar de todas as críticas desfavoráveis o sucesso foi tão grande que em poucas semanas Zola se transformou no escritor francês mais célebre. Nesse romance tudo é cinzento e muito feio, não é sem razão que foi considerado uma obra-prima do “romance-negro”. Nele Zola denuncia um dos maiores problemas dos meios operários de então: o alcoolismo.




Segundo o romancista, a miséria é mais produto da vontade das pessoas do que da condição em que vivem. O mal está no ser. O homem é um solitário, sem recursos, sem esperança e sem pecado. É, enfim, um animal a caminho do fim último: a morte.




Zola, que morreu em Paris no ano de 1901, só fez tais e tais afirmações porque não conheceu o povo brasileiro, que de triste não tem nada. Aqui, seja qual for a realidade ninguém entrega os pontos, pouco importando o quadro de miséria exibido e até mesmo vivido. Aqui se embarca no sonho e na fantasia enrolado na bandeira da esperança. O brasileiro não esmorece nem diante das rajadas de tecnologia que trazem consigo a morte do trabalho, do emprego.




O povo não é reclamador, quando pode banqueteiá-se com frango e rói os ossos; quando o dinheiro dá lambuza-se com iogurte; sempre sobra algum para marcar presença nos estádios de futebol e para a cervejinha gelada; assiste novelas, diverte-se com Faustão, sonha em ficar rico com a sena e o carnê de Silvio Santos e coleciona CDs piratas dos rapazes caipiras. E para não dizer que não falei no Carnaval, é nesse que negada sem lenço e sem documento se esbalda.




Essa euforia vem de longe, que o diga Gilberto Freire: “Tanto nas plantações como dentro de casa, nos tanques de bater roupa, nas cozinhas, lavando e enxugando pratos, fazendo doce, pilando café; nas cidades, carregando sacos de açúcar, pianos, sofás de jacarandá – os negros trabalharam sempre cantando; seus cantos de trabalho, tanto quanto os de Xangô, os de festas, os de ninar menino pequeno, encheram de alegria africana a vida brasileira. Às vezes de um pouco de banzo: mas principalmente de alegria”.



Zélia Maria Freire







terça-feira, 26 de junho de 2007

SEM LAUDATIVO,NEM PEJORATIVO










Em Atenas, na época de Alcebíades, o político considerado perigoso à segurança da pátria era submetido a uma espécie de plebiscito, onde os cidadãos livres eram chamados a uma votação para decidir se caberia o desterro político ao acusado. Para tanto, os cidadãos escreviam seus votos nas ‘ostrakas’, ou conchas, geralmente de ostras. Daí o nome de ostracismo para esse sistema grego de punição. Para que fosse lavrada a sentença condenatória era preciso que houvesse 6.000 votos . Tempos depois os atenienses aboliram tal sistema por conta de uma votação induzida, onde um cidadão de bem e de reconhecida honestidade pública viu-se condenado ao ostracismo (Taí a quem nós puxamos).



Mais uma curiosidade extraída do Dicionário Universal de Da Costa e Silva. É sobre a expressão americana muita usada: O.K., equivalente a tudo certo, tudo bem. Deve-se a origem dessa expressão a um erro de ortografia do presidente americano Andrew Jackson, que apesar de jurista, diplomata e político, escrevia muito mal. Certa vez ele recebeu um relatório que deveria aprovar colocando as letras ‘A.C’, abreviatura clássica de ‘All Correct’, que quer dizer: Tudo em ordem. Como, porém, pronuncia-se ‘oll korrect’, o presidente escreveu as duas letras tal como soavam e como pronunciava ‘O.K.’ O Exército por pilhéria adotou-as. Com a ampliação do uso, tornou-se expressão consagrada.



Para não trocar as bolas, feito o presidente Jackson, estou tentando aprender a nossa língua, já sabendo eu que ela contém 80% de elementos latinos; 16% de elementos gregos e 4% de outras origens. Cerca de 10.000 verbos que pertencem à primeira conjugação; 500 da segunda e 450 da terceira. E que VIR é o único verbo que tem uma só forma no gerúndio e no particípio. Contudo, no momento uma dúvida me assalta: não sei se xucro é com xis com ch. O.K.?



Zélia Freire

segunda-feira, 25 de junho de 2007

INSISTO NA LEITURA





Internet: sites, blogs, bligs. Jornais, tablóides. Livros, livros. Escândalos. Escândalos... E eu aqui afundada numa poltrona, identificando-me com Fernando Pessoa quando diz: “Começo a ler, mas cansa-me o que ainda não li / Quero pensar mas dói-me o que irei concluir / O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir / É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi”.
Apesar de... , insisto na leitura. Que seja um ensaio filosófico de Michel de Montaigne: “De como o que beneficia um prejudica outro”. Vejamos o que tem para nos dar como exemplo o mestre Montaigne: Conta ele que, Dêmade de Atenas condenou um homem de sua cidade que comerciava com coisas necessárias aos enterros, acusando-o de tirar disso lucro excessivo somente auferível da morte de muitas pessoas. Tal julgamento, segundo Montaigne, não parece muito eqüitativo, pois não há benefício próprio que não resulte de algum prejuízo alheio e, de acordo com aquele ponto de vista, qualquer ganho fora condenável.


Continua Montaigne: O mercador só faz bons negócios porque a mocidade ama o prazer; o lavrador lucra quando o trigo é caro; o arquiteto quando a casa cai em ruínas; os oficiais de justiça com os processos e disputas dos homens; os próprios ministros da religião tiram honra e proveito de nossa morte e das fraquezas de que nós devemos redimir; nenhum médico, como diz o cômico grego da antiguidade, (Filêmon) se alegra em ver seus próprios amigos com saúde; nem o soldado seu país em paz com os povos vizinhos. Assim tudo. E, o que é pior, quem se analise a si mesmo, verá no fundo do coração que a maioria de seus desejos só nasce e se alimenta em detrimento de outrem. Em se meditando a propósito, percebe-se que a natureza não foge nisso, a seu princípio essencial, pois admitem os físicos que toda coisa nasce, se desenvolve e cresce em conseqüência da alteração e corrupção de outrem.


Sem fugir do tema filosófico do mestre Montaigne, mas baseada em Lucrécio, é que pude entender a metamorfose sofrida pelo candidato-metalúrgico Lulinha paz e amor , transformado no Excelentíssimo Senhor Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, é porque, segundo Lucrécio, “logo que uma coisa qualquer muda de maneira de ser, disso resulta imediatamente a morte do que ela era antes.”

domingo, 24 de junho de 2007

O SOL AINDA É NOSSO




Segundo o sofista Protágoras, que viveu antes de Cristo, (487-420), o homem é a medida de todas as coisas. Jostein Gaarder explica em “O Mundo de Sofia”, que o filósofo queria dizer que o certo e o errado, o bem e o mal sempre tinham de ser avaliados em relação à necessidade do homem.


Bonita teoria. Difícil à prática. Desisto de entender o porquê e vou para o barril. Quando digo vou para o barril é porque estou me lembrando de Diógenes, discípulo de Antístenes, que fundou em Atenas por volta de 400 a.C. a filosofia cínica estribada na postura de Sócrates, que certa vez parou diante de uma tenda do mercado em que estavam expostas diversas mercadorias e exclamou: “Vejam quantas coisas o ateniense precisa para viver!” Querendo dizer com isto que ele próprio não precisava de nada daquilo.


A filosofia cínica parte do princípio de que a verdadeira felicidade não depende do luxo, do poder, nem da boa saúde. Ela consiste em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras. Por que a felicidade não está nessas coisas ela pode ser alcançada por todos. E uma vez alcançada, não pode mais ser perdida.


Mas vamos a história de Diógenes, considerado o cínico mais importante. Conta-se que ele vivia dentro de um barril e não possuía mais do que uma túnica, um cajado e um embornal de pão. Um dia, quando estava sentado ao sol junto ao seu barril, recebeu a visita de Alexandre Magno. Alexandre aproximou-se do sábio, perguntou-lhe se ele tinha algum desejo e disse-lhe que caso tivesse, seria imediatamente satisfeito. Ao que Diógenes respondeu: “Sim, desejo que te afastes da frente do meu sol”.Com isto, Diógenes mostrou que era mais rico e mais feliz que o grande conquistador. Ele tinha tudo o que desejava.


Ensina a filosofia cínica que as pessoas não precisam se preocupar com a saúde nem mesmo com o sofrimento e com a morte. Elas também não deveriam se atormentar com o sofrimento dos outros.


Assim sendo, se é para olhar os lírios dos campos, deixemos as coisas casuais e efêmeras de lado e aproveitando que o sol ainda é nosso, vamos cair no cinismo filosofal.


Zélia Freire

sábado, 23 de junho de 2007

FALA QUE EU TE ESCUTO















Não sei se assim ainda persiste, mas antigamente não existia um porão, um buraco na Inglaterra que não tivesse ratos como inquilinos – e aí eu me refiro a designação comum dos mamíferos roedores, miomorfos, murídeos, cricetídeos, que apresentam os molares com a fórmula 3/3 – mesmo assim a Saúde Pública inglesa não acreditava, na época, num surto de peste bubônica. O único transtorno que a “rataiada” causava dizia respeito à família real: roíam as roupas de Suas Majestades, pondo à mostra, vez por outra, suas intimidades.



Situação similar vivemos nós neste malamado queijo suíço chamado Brasil. Só que os nossos ratos pertencem a família do homo sapiens. Nesses o bacilo de Yersin atua com mais eficácia, a peste alastra-se com mais facilidade e indiscriminadamente. Dir-se-ia que tal mamífero, para sobreviver não escolhe a vítima, infecta políticos, policiais, advogados, juízes, jornalistas, entidades filantrópicas, artistas, bispos, bispas etc. etc.



Reconhecendo a gravidade da peste temos que fazer como na historinha do conto infantil denominado “A Flauta Mágica, onde o flautista encantava os ratos tocando o seu instrumento. E assim procedendo, certa vez socorreu os habitantes de uma cidade, conduzindo os ratos para dentro de um rio. No nosso caso, na falta de um flautista mágico, temos mesmo é que contar com os préstimos da PF-FALA QUE EU TE ESCUTO, que tem se mostrado o bastião da ética, da moral e dos bons costumes– se bem que a exigência de tais “virtudes” não é levada muito a sério na instância superior, haja vista os recentes acontecimentos: e lá se vai madrugada à fora, conseqüência do “fala que eu te escuto”, mais uma operação, e aí é um tal de prender ratos grampeados, que são algemados e engaiolados, para na parte da tarde, serem contemplados com habeas corpus e irem para a rua: amigos , compadres e afins, que passam novamente a roer livres, leves e soltos os infidáveis recursos da viúva.



Mas, o que se há de fazer, brasileiro é tão bonzinho... Só nos resta aguardar o desfecho dessa peste, comendo pizza, com um olho na dita e outro nos ratos. Esperando que um dia seja pra valer o que diz a modinha carnavalesca ora plagiada: “ Você roubou demais e pra seu castigo o senhor juiz quer falar contigo”.

Zélia Maria Freire



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sexta-feira, 22 de junho de 2007

É UM ESPANTO





Inegavelmente, Sua Excelência, Luíz Inácio Lula da Silva e o seu governo são bem avaliados em qualquer pesquisa que se apresente e só alguns gatos pingados atrevem-se a levantar a voz, proclamando que nada funciona a contento “nestepaiZ”. Tal passividade por parte da grande maioria dos brasileiros cabe espanto, existe explicação? Há controvérsia, mas tem quem explique, que não é só pelos belos olhos do presidente da hora, é simplesmente porque “ a maioria da população, em situação de normalidade democrática, é assim mesmo: apática, abúlica e gosta de quem está no comando”(Reinaldo Azevedo).


Se assim é, assim será. Quem somos nós para tentar inverter a ordem dos fatores, mesmo porque não altera o produto. E, pensando em Policarpo Quaresma e em Dom Quixote, grandes otimistas, que acreditavam poder debelar os males sociais e sofrimentos humanos, aplicando a justiça da qual se arvoravam paladinos, não escapando o primeiro de levar boas sovas por querer proteger os fracos e o segundo de ser fuzilado por querer na sua bondade salvar os inocentes (criaturas criadas por Lima Barreto e Servantes).Como disse, por pensar nessas criaturas e no triste fim de cada um, é que vou mudar o rumo da prosa.


A propósito, tenho cá uma crônica do jornalista Otto Lara Resende, datada de 16/03/1992, escrita no pé da página 2 da Folha de S. Paulo, o título é “Cartinha de Amor Brasílico”, onde diz que o Brasil começou com uma carta, a tal que diz, “que em se plantando tudo dá”, escrita por Pero Vaz de Caminha a Sua Majestade d. Manuel,o Venturoso, figurando como nossa certidão de idade .Tudo nela é azul com bolinhas brancas, escreve o cronista e acrescenta: “a felicidade era tal que começou ai o ufanismo. Era o Eldorado, o paraíso terrestre. Canaã, onde corre leite e mel”. Na concepção do jornalista, além de puxa-saco, Pero Vaz deitou e rolou nos superlativos e caprichou na cartinha de amor. E foi na fila do correio de uma agência da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, que o jornalista lembrou-se da carta e aqui abro aspas para


as suas palavras: “O correio hoje tem mil atribuições. Recebe conta de luz e telefone, manda dinheiro, importa artigo estrangeiro. Vende até raspadinha. A fila atulhava a agência e coleava pela rua, imensa. Sabe quantos funcionários estavam na tal agência? Uma única funcionária! E trabalhando, coitada, daquela forma artesanal. Juro que se o Caminha previsse isso, tinha sido menos otimista”.


Ah, meu caro e saudoso jornalista, já imaginou se o Caminha tivesse previsto o que viria a dizer o compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, por conta dos desmandos que assola o nosso país, “que tudo ia dá em merda” nem ao menos teria escrito a carta.


Zélia Maria Freire


quinta-feira, 21 de junho de 2007

TODAS AS MULHERES DO PRESIDENTE





Cheguei até Eugenio Pelleto, - e não foi via Google - foi através de Machado de Assis, uma crônica sua escrita pelos idos de 1861. Nela, Machado, baseado no que chama de profecia de Eugenio Pelleton onde ele explicita que “a mulher, com o andar dos tempos há de vir a exercer papel político”. Sem entrar na investigação filosófica da tal profecia, o senhor Machado, deixando transparecer um certo débauche, diz que desejava ver realizado, em maior plenitude o que prenunciava Pelleton e acrescenta: “eu quisera uma nação, onde a organização política e administrativa parasse nas mãos do sexo amável onde, desde a chave dos poderes até o último lugar de amanuense, tudo fosse ocupado por essa metade da humanidade. O sistema político seria eletivo. A beleza e o espírito seriam as qualidades requeridas para os altos cargos do estado” ... (aí eu indago: e a competência , senhor?!).


Feito o intróito, concedido que existe, hoje, concretude no que profetizou Eugenio Pelleton, vamos tomar por empréstimo o título do livro “All the President’s Men” de Bob Woodward e Carl Bernstein, inverter o sexo e traçar o perfil de“todas as mulheres do presidente”


DILMA ROUSSEFF, Ministra da Casa Civil, antes de chegar ao posto atual serviu a outros senhores e a outras causas. Foi moiçola intrépida e teve os seus dias de “Bonnie and Clyde”, pegou em armas, destacou-se por comandar uma quadrilha, que realizou assaltos na década de 70, agindo segundo suas convicções políticas, em nome de uma pretensa revolução comunista no Brasil .


MATILDE RIBEIRO, Ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que não leu Lima Barreto, pois se tivesse lido saberia que não existe como definir a cor do brasileiro haja vista tantas em nós andam que uma cor esconde a outra. Sua história de vida é curta, é formada pela PUC-SP em Serviço Social; filiada ao PT; tendo como marca sofrida da infância a lembrança de ter sido chamada de “neguinha” por uma colega de classe. Ao invés da igualdade andou incentivando o racismo e a intolerância entre pretos e brancos e teve o seu momento de “glória” às avessas pelas declarações infelizes que andou dando à imprensa.


MARINA SILVA, Ministra do Meio Ambiente, taí uma história de vida certinha, nem a maleita é capaz de derrubá-la, forte que nem um jatobá, dá vontade da gente se tornar “povos da floresta”, soprar as formigas e sentar no tronco; balançar no cipó; dar canga-pé pelada no rio, nadar em meio aos jacarés, transar com boto; alimentar piranha; pedir pra tia Marina cuidar de nós, catar nossos piolhos; ouvir dela histórias da carochinha e nas noites iluminadas pelos vaga-lumes ouvi-la e vê-la ler página por página o Guarani de José de Alencar.


INÊS DA SILVA MAGALHÃES, Secretária da Habitação, socióloga, cheia de títulos e passagens por instituições governamentais do país, no afã de mostrar serviço aos “cumpanheiros” está querendo ver o circo pegar fogo; declarações suas na imprensa diz que, por considerar legítimo, incentiva os movimentos dos sem-teto a invadirem imóveis país afora ( contanto que o imóvel não seja o dela nem o da sua santa mãezinha).


MARTA SUPLICY, Ministra do Turismo, ex-deputada federal, ex-prefeita de S. Paulo, ex-mulher do senador Eduardo Suplicy, psicóloga, psicanalista, sexóloga , com idéias avançadas sobre o assunto. Só espero que agora, na condição de ministra do turismo não institua o “turismo sexual”, com a cobertura do ministro Mantega, cuja filhota está nas páginas da Playboy, por enxergar como mais uma fonte de renda para o país.


É, seu Pelleton..., O tempo andou, a sua “profecia” está se cumprindo, as mulheres estão tomando assento nas giroflex. Quanto ao seu Machado, mais um pouquinho e nós do “sexo amável” ditaremos as regras e tomaremos conta do pedaço. Os homens...? Ah, os homens... Para que os queremos? Nem mais para fazer filhos. Olhe a ciência aí, gente! Está pintando na praça espermatozóide para as mulheres, logo, logo seremos também, paipai.


Zélia Maria Freire