segunda-feira, 10 de novembro de 2008

PERGUNTAS FEITAS RESPOSTAS DADAS



A mim foi perguntado se já tinha vivido um grande amor, respondi que sim e da minha história foi feito um conto. Discutimos sobre o sentimento amor e lancei um desafio, que desse sentimento fosse falado. Desafio aceito e veio em forma de crônica. E mais uma vez a mim foi perguntado o porquê de determinados preconceitos com relação à mulher, desde quando isto se arrasta e o que eu teria pra dizer sobre o pensamento dos meus “amigos” filósofos iluministas, acreditavam eles que a mulher era um ser inferior...?


Mais uma pergunta feita e mais uma resposta dada. Os meus “amigos” iluministas tinham idéias esquisitas a respeito de nós mulheres, eles acreditavam que nos faltava à razão e pela falta de tal o nosso raciocínio era inferior, assim sendo fomos excluídas da genialidade, contudo, nos foi dado um crédito de confiança no mundo da literatura e das ciências menores. E sabe por que tais ilustres figuras chegaram a esta conclusão?


Basearam-se numa “psicologia natural” e por conta, passaram a nos enxergar como o ser de paixão e imaginação não de conceito. Entre os “iluminados” destaco a figura de Rosseau, cujo pensamento a respeito da mulher é um gracinha. Diz ele, entre outras pérolas: “ O mundo doméstico é o livro das mulheres, e não há qualquer necessidade de qualquer outra leitura”. Mas tem mais: embora reconhecesse que existia na mulher um “tiquinho” de razão - inferior ao do homem, naturalmente - e por isso mais simples e elementar, e que teria de ser empregado pela mulher no cumprimento de seus deveres naturais, que compreendia obedecer ao marido, ser-lhe fiel, cuidar da casa, dos filhos etc.


Ficando dito ainda, que à mulher não cabia a procura da verdade absolutas e especulativas, os estudos filosóficos e matemáticos pois essas coisas não estariam ao alcance do raciocínio da mulher. E dentro dessa inferioridade, como alcançaria a mulher a sua cidadania? Só através de papeis sociais: esposa, mãe, dona de casa.. Nenhuma competência mais e nem atributos lhes restaria E nesse pensar “iluminista”, fica estabelecido que “ o homem é a causa final da mulher. Coisas do século XVIII...

(com os meus agradecimentos a José Roberto, com o qual contei para a elaboração deste texto)

Um comentário:

Anônimo disse...

Que bom que tudo isso mudou,não é Zélia!Nós estávamos "lá no chón", não? Linda tua crônica! Um beijo,chica