segunda-feira, 24 de novembro de 2008

É HORA DE "ARAR O MAR"



Verdade, o tempo está passando célere e logo, logo tomarei o rumo da minha "ilha da fantasia" , o que muito me deixa feliz porque sinto que já é hora de "arar o mar", limpar a casa, abrir portas e janelas, expulsar fantasmas, deixar a alegria outra vez entrar

Enquanto esse dia não chega, fico cá com esta minha vidinha boa que o papai e a mamãe me deram, não me importando se o santo venerado seja o padrinho padre Cícero do Juazeiro ou Nossa Senhora Aparecida. É tutto cosa nostra ( no bom sentido ).

Mas existe quem reclame da vida e deste mundo e o considere um eterno vale de lágrimas, haja vista, que nem o Filho do Criador escapou quando pôs os pés por aqui .

E qual a opinião dos grandes pensadores que viveram no século passado, tendo a Europa como berço e que foram testemunhas sensíveis das tragédias da época, levando-os a descrer, muitos deles, que este planeta fosse sustentado pelas mãos de um Deus inteligente e benévolo e outros tantos, diante do problema do mal, erguiam "uma interrogação muda às estrelas indiferentes, a indagarem por quanto tempo, ó Deus, e por quê? Seria calamidade universal a vingança de um Deus justo contra uma Idade da Razão e da descrença?


Seria um chamado ao intelectopenitente para que se curvasse diante das antigas virtudes da fé, esperança e caridade? Nisso acreditavam Schlegel, Novalis, Chateubriand, Musset, Southey, Wordswort e Gogol; e eles voltaram-se para a velha fé tal como filhos pródigos contentes de regressarem ao lar.

Mas outros tinham uma resposta mais dura: a de que o caos não era senão o reflexo do caos do Universo; que não havia afinal ordem divina nem nenhuma esperança celestial; que Deus, se é que existia, estava cego e que o Mal proliferava na face da Terra. A este último grupo pertenciam Byron, Heiine, Lermontof, Leopardi e Schopenhauer" ( fonte: A Filosofia de Schopenhauer).

De minha parte, vos digo: não custa nada ter um pouco de fé e esperança em Deus, já que não faz mal a ninguém e que apesar dos pesares, prevaleça em todos nós uma "visão consoladora de uma vida mais ampla, em cuja beleza e justiça final esses males horrorosos que nos assaltam se dissipem."

3 comentários:

chica disse...

É sempre hora de arar o mar. Aquele mar do nosso interior. onde também as ondas vão e vêm... "Perder" um pouquinho de tempo, pensando naquilo de bom que elas trazem ouno ruim que elas levam é legal. Há gente, no entanto, que apenas vêem e se dão conta do que elas trazem de ruim, sem se importar com o bom que fica... Lindo teu texto,Zelia!Viajei!!! um abraço,chica

Anônimo disse...

Boa tarde... Não encontrei você no Recanto... Não nos deixe sós... abraços.

Anônimo disse...

Está na hora de você voltar... Saudades de seus belos textos. Abraços. Ângela