sábado, 1 de novembro de 2008

DA DIGNIDADE HUMANA


DIGNIDADE: Autoridade moral;Honestidade, honra, respeitabilidade,Autoridade. Decência, decoro.Respeito a si mesmo; amor-próprio,Brio.

Respeito a si mesmo... Amor-próprio... Brio. Se me sentisse vilipendiada no que diz respeito a minha dignidade, recorreria a quem? A Organização das Nações Unidas (ONU), que expressa em Carta que todo ser goze de máxima liberdade e dignidade. Ou me valeria da Proclamação da Conferência Internacional de Direitos Humanos de Teerã, de 1983, que trata do mesmo objetivo no art. 13 do Pacto Internacional de Direitos Civis; e no art. 5 da Carta Africana?

Mas também poderia me socorrer de São Tomás de Aquino, que entende o termo dignidade como algo absoluto e que pertence à essência, e segundo a professora do Centro de Pesquisa Jurídica Sílvia Mota, é “premissa básica do jusnaturalismo, é o reconhecimento no homem de sua própria dignidade, fazendo desprezar eticamente condutas incompatíveis com tal condição, o que parece também, na consideração finalista kantiniana da pessoa”.

A professora Sílvia reconhece coincidências de pontos de vista entre Kant e São Tomás de Aquino, vejamos então, a fundamentação da dignidade da pessoa pela ótica de Kant.
Kant rejeita a filosofia do ser e cria condições para a afirmação da filosofia da consciência onde sustenta a dignidade humana fundamentada no pensamento estóico, em São Tomás de Aquino e em Rousseau, cujos princípios são os seguintes:

“O estoicismo declara que a dignidade humana, não um dado, mas um ideal, afirma-se na possibilidade do homem usar a sua razão nos juízos e procedimentos sujeitos a ele.
São Tomás de Aquino exprime a concepção cristã do amor de Deus a todos os seres humanos, imagem e semelhança do Criador, independentemente de suas condições. O homem deve, por conseqüência, amor e respeito a todos os seus semelhantes porque e enquanto pessoas.

O pensamento kantiano sobre a dignidade humana se inscreve nessa tradição cristã, que atribui a cada ser humano um valor primordial, independentemente de seu mérito individual e de sua posição social; mas Kant tenta fundamentar essa idéia de uma maneira que não deve nada às pressuposições teológicas. Ele afirma que a fé religiosa se deve fundamentar no conhecimento moral, e não ao contrário.

Kant colhe, ainda, de Rousseau a noção de vontade geral da esfera política e a transfere para a razão prática, visto que a legislação moral não pode ser imposta por uma vontade estrangeira ao ser humano maduro.” (trecho extraído do livro de Paulo Cesar da Silva (Antropologia personalista de Karol Wojtyla - João Paulo II )
Isto posto, fico com a interpretação da professora Sílvia Mota, que reconhece no homem a sua própria dignidade, fazendo desprezar eticamente condutas incompatíveis com tal condição.

3 comentários:

Anônimo disse...

Em primeiro lugar devo te dar os parabéns pelo teu blog ,que está muito legal! Pena que "certas criaturas", dona do blog, só hoje me comunicou. Bem feito! Assim, já está anunciado nos meus. Agora, quanto ao texto de hoje: Essa tal de dignidade anda tão questionável nesse mundo que chega a arrepiar! Cada um tem uma visão dela e é por isso que as desculpas aparecem. O que é digno pra mim, pode não ser pro outro. Assim, por ex. em Brasília, a dignidade humana anda baseada em conceitos deles, que parecem ser os mesmos, quando se investem do poder... E por aí vai. Por isso, fico com a definição de dignidade humana tudo aquilo que me dê e aos outros condições de viver bem, tanto intelectual, espiritual ou fisicamente,mas não apenas sobreviver... Poderia dar muito mais pano pra manga isso!!! Muito legal,Zelia! um beijo,chica

Anônimo disse...

Boa Noite, passando para me familiarizar com sua nova casa, que nem é tão nova assim, novo é apenas o comunidado rsrs. Voltarei. Abraços.

Evelyne Furtado. disse...

Zélia tem autoridade para falar sobre dignidade, pois vc Zelinha é exemplo de dignidade. Além do mais escreve com a sabedoria. Parabéns e muitos beijos, amiga.