quinta-feira, 23 de julho de 2009

ESTOU TE ESPERANDO




Gostaria de receber em minha casa a visita de uma amiga muito querida, uma eterna apaixonada e dona de um coração cheio de saudade de um grande amor que viveu, que persiste e a mantém prisioneira de um passado, que não consegue se libertar; para isso estou imaginando o cenário: chuva o dia todo, protegido da chuva num galho de uma roseira um beija flor, de noite uma lua cheia com céu estrelado. Música? Pode ser as de Renato Russo Sobre a mesa posta um hambúrguer, mostarda, ketchup e uma coca zero. Além do guardanapo eu faria um canudo com a cópia de uma crônica da escritora Dolce Vita, sob o título “Essa Tal Felicidade”, que começa assim:

“Se ao responder esta questão pensou antes em alguém (presente ou ausente de sua vida), sua felicidade corre sérios riscos”.

Claro que eu capricharia num laço cor de rosa nesse canudo para chamar a atenção da minha amiga.

O que eu “serviria” como tema para a nossa conversa? Fragmentos da crônica da Dolce Vita, que já me referi, tais como:

“ A sensação de plenitude infantil está preservada em nossa memória afetiva. O corpo registra todos os efeitos do afeto. Guardamos os sinais que serão tocados pela paixão e através dela, relembramos o prazer que um dia nos fez sentir o centro do mundo”.

OU...

“Você ama porque se recorda. E ama melhor quando entende não ser a mesma criança”.

E por que escolheria a crônica da Dolce para servir de tema da nossa conversa? Explico: nada mais teria a acrescentar para que a minha amiga entendesse “ESSA TAL FELICIDADE”.

Será que a Lu vem...?

Um comentário:

chica disse...

Já tô indo!Pera aí!! Vais ver que vou levando o chimarrão e a cuia! E 10 malas, pois não volto mais pra esse frio danado ...Linda crõnica.Zélia, isso nem preciso dizer.É normalzinho aqui! beijos,chica