quarta-feira, 12 de agosto de 2009

MAIS PAREÇO O TOLO DE MOLIERE





O grego Eurípedes deixou dito que os sábios têm duas línguas, uma para dizer o que pensam e a outra para falar conforme as circunstâncias: quando o querem, têm talento para fazer o preto parecer como branco e o branco como preto, soprando com a mesma boca o calor e o frio e exprimindo com palavras exatamente o contrário do que sentem no peito.

Por não ser sábia eu me contentaria com uma só língua, contanto que eu pudesse dizer exatamente o que sinto e por não dizer, mais pareço o tolo de Moliere que não diz nada, apenas amarga o silêncio seu e do outro e há de convir que o silêncio é um dos argumentos mais difíceis de refutar, já dizia Josh Billings.

Não sabe o outro que a ausência, o silêncio só diminuem as paixões medíocres e aumentam as grandes, agem assim como o vento que apaga as velas e atiça as fogueiras. La Rochefoucauld, que o diga.

A propósito, esta crônica faz sentido, hoje é segunda-feira...

Um comentário:

chica disse...

Tuas palavras sempre fazem sentido.beijos,tudo de boim e saudades,chica