quinta-feira, 24 de setembro de 2009
SOBRE O RISO - 1891 A 2009O QUE FOI QUE MUDOU?
ALÉM DO ARCO ÍRIS
ONTEM FOI OUTRO DIA.HOJE RESOLVI DESERTAR NO MUNDO
DEU CERTO COMIGO TENTE VOCÊ SE FOR O CASO
domingo, 20 de setembro de 2009
POESIA É UM ATO DE PAZ
Eu amei-te; mesmo agora devo confessar,
Algumas brasas desse amor estão ainda a arder;
Mas não deixes que isso te faça sofrer,
Não quero que nada te possa inquietar.
O meu amor por ti era um amor desesperado,
Tímido, por vezes, e ciumento por fim.
Tão terna, tão sinceramente te amei,
Que peço a Deus que outro te ame assim.
(Alecksandr Pushkin)Gosto de poesia e comungo do mesmo pensamento de Pablo Neruda, que deixou dito que a poesia é sempre um ato de paz. O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.
Encantam-me a poesia lírica, que costuma retratar um momento emocional e também os poemas que expressam sentimentos que tocam a alma, como o amor.
Levi Trevisan afirma que a poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel.
É dito que a matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.
Bem, fiando-me na liberalidade que é dada ao poeta, atrevo-me a deixar com você o poema que se segue:
QUE FIM MELANCÓLICO
(Zélia Maria Freire)
Que fim melancólico
Para o que se presumia
Ser um grande amor
Nem os meus braços
Encontram mais forças
Para estender-se
Perde-se no vazio
Parte de um corpo Cansado
Da minha boca
Já não se ouve um
Por favor me entenda
Fica comigo
Eu só queria compreender
O porquê deste quase inferno
Quando não mereço
E cá estou
Tão triste
Tão sozinha
Só com as minhas lembranças
E o que restou dela
Dói tanto...
Por que se resume
Numa
Cabeça sobre um colo
Que não é o meu
O CORVO E A CARTA
“Não sei o que houve entre nós. Não sei por que houve.. Deve ter passado uma infinidade de anos enquanto estávamos juntos. Imaginariamente. Depois veio o vazio, o caos, o tormento, esse vento cruel...
E para que se amar num tempo de agora? Um dia a gente pára e se vê que não seguiu nenhuma meta.
...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
QUANDO REALIDAE? QUANDO FICÇÃO?
O quanto é difícil para o escritor mesmo dentro de um contexto ficcional desvincular a personagem não permitindo que ela se projete sobre a sua vida e interaja com o humano real que é.
SOBRE A TRISTEZA DO BICHO HOMEM - MAS TEM QUEM RIA
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
POR UMA AMIGA
“De tanto ler a vida dos Outros... /
REJANE CHICA: A expressão é forte, mas já usei. Hoje, por você, por conta dessa figura que esqueceu de escrever as páginas vazias da vida e que tentou te magoar eu indago : Alguma vez na sua vida pôs a educação de lado e virou-se para alguém que vem abusando de sua paciência e disse alto e bom som: DANE-SE!!!?
Também indago: você é das que acredita que existe um limite pra tudo; que tudo cansa na vida; a injustiça, a intolerância, a incompreensão, a maldade a desconfiança ; além de promessas que não se cumprem; tempo que engana; passos que não se alcançam; “ fatos que desarrumam nossos dias já desarrumados”.
Sabe o que mais? O tal do DANE-SE tem lá a sua importância na filosofia.
Se assim é, minha querida amiga, em nome do prazer natural possível que aplaca os desejos e dá felicidade o melhor mesmo é “não estar nem ai” para certas coisas, fatos e pessoas, sobretudo para os seres humanos que teimam em não agir como gente digna de si mesmos e daqueles que os cercam.
SOBRE O BICHO HOMEM:ENQUANTO UM CHORA O OUTRO RI
E fomos nós ouvir Ovídio, que começou falando de uma personagem da mitologia lembrada por Cícero, chamada Niobé , que os poetas descreviam como “petrificada na dor”, tamanha a sobrecarga de desventura por ela recebida, perdeu seus sete filhos viu morrer as sete filhas.
Segundo Ovídio, esta é a forma do homem sentir e exprimir a sua dor, a sua tristeza.
E, como nada mais foi dito nem perguntado, deu-se por encerrada a palestra.
Saímos , eu e Montaigne por ai chutando pedrinhas, sem contudo deixarmos de pensar no bicho homem, pois em verdade, dizia meu companheiro, que este é de natureza muito pouco definida, estranhamente desigual e diverso.
...Para chegarmos à conclusão que assim são os homens, assim é a vida e sentenciar...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
NÃO ERA NO TIBETE QUE EU ESTAVA
CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR
Pois é, cá estou, “perfeita – não curada, mas como se nunca tivesse havido ferida” (andei lendo “Lua Nova” de Stephenie Meyer)
FICA COMBINADO ASSIM...
E eu que pensava que era poeta, que os meus versos continham mensagens que faziam sentido. Eu que pensava que a minha dor salvaria o mundo chego à conclusão que a conclusão nenhuma cheguei.
Então, por que me preocupar com isso ou com aquilo, afinal quem plantou os lírios dos campos? Então não me pergunte se quero algo porque tenho tudo e nada mais quero, só que saia da frente do meu sol, o que me lembra Diógenes, o cínico, que dizia que na vida precisamos apenas de duas coisas: de razão ou de uma corda para nos enforcarmos.
Fico com a razão, com o conhecimento que me pertence pela natureza e estrutura da minha mente, que não sei se funciona à contento, pois confesso que às vezes me sinto um Hegel da vida e o meu desejo é de apresentar tolices e extravagâncias sem sentido. Ai a minha mente reage e me joga nos braços de Fichte e tome tese, antítese e síntese para encontrar a fórmula da realidade.
E lá vou eu aprender que a função da mente e a tarefa da filosofia é descobrir a unidade que jaz, em potencial na diversidade. Que a tarefa da ética é unificar caráter e conduta e a tarefa da religião é atingir e sentir aquele Absoluto, no qual todos os opostos são reduzidos à unidade; a matéria e a mente, o sujeito e o objeto, o bem e o mal se tornam um só. E que no homem o Absoluto se eleva à consciência de si mesmo e passa a ser a Idéia Absoluta - isto é, o pensamento realiza-se como parte do Absoluto conseqüentemente transcende as limitações e finalidades individuais, captando a harmonia oculta de todas as coisas.
Encerro, mas fica combinado assim: se um dia você me encontrar por ai com um pé calçado e o outro descalço sujo de lama, não diga nada, não me censure, apenas me ensine o caminho de casa.