terça-feira, 26 de junho de 2007

SEM LAUDATIVO,NEM PEJORATIVO










Em Atenas, na época de Alcebíades, o político considerado perigoso à segurança da pátria era submetido a uma espécie de plebiscito, onde os cidadãos livres eram chamados a uma votação para decidir se caberia o desterro político ao acusado. Para tanto, os cidadãos escreviam seus votos nas ‘ostrakas’, ou conchas, geralmente de ostras. Daí o nome de ostracismo para esse sistema grego de punição. Para que fosse lavrada a sentença condenatória era preciso que houvesse 6.000 votos . Tempos depois os atenienses aboliram tal sistema por conta de uma votação induzida, onde um cidadão de bem e de reconhecida honestidade pública viu-se condenado ao ostracismo (Taí a quem nós puxamos).



Mais uma curiosidade extraída do Dicionário Universal de Da Costa e Silva. É sobre a expressão americana muita usada: O.K., equivalente a tudo certo, tudo bem. Deve-se a origem dessa expressão a um erro de ortografia do presidente americano Andrew Jackson, que apesar de jurista, diplomata e político, escrevia muito mal. Certa vez ele recebeu um relatório que deveria aprovar colocando as letras ‘A.C’, abreviatura clássica de ‘All Correct’, que quer dizer: Tudo em ordem. Como, porém, pronuncia-se ‘oll korrect’, o presidente escreveu as duas letras tal como soavam e como pronunciava ‘O.K.’ O Exército por pilhéria adotou-as. Com a ampliação do uso, tornou-se expressão consagrada.



Para não trocar as bolas, feito o presidente Jackson, estou tentando aprender a nossa língua, já sabendo eu que ela contém 80% de elementos latinos; 16% de elementos gregos e 4% de outras origens. Cerca de 10.000 verbos que pertencem à primeira conjugação; 500 da segunda e 450 da terceira. E que VIR é o único verbo que tem uma só forma no gerúndio e no particípio. Contudo, no momento uma dúvida me assalta: não sei se xucro é com xis com ch. O.K.?



Zélia Freire

Um comentário:

Anônimo disse...

Pra mim, foi uma dádiva encontrar o seu blog. Agradeço, pois, a indicação que me foi feita pela amiga Yasmine Lemos. Estava mesmo precisando de umas aulas. De graça, então, melhor ainda. Parabéns pelo seu trabalho que, há muito, tem minha admiração. Paulo Tarcísio Cavalcanti