quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

SOBRE O MEDO



Existem tantas maneiras de sentir medo e muitas vezes ele se manifesta através da angustia, do pavor da inquietação, temor e outras tantas formas inquietantes.
E o que dizer do medo que se passa a sentir de alguém? Há quem afirme que possa parecer um paradoxo, mas quando estamos sentindo medo de alguém, provavelmente este alguém também está com medo de nós. Afinal, somos todos iguais.

Li de Fábio Ferreira Balota, uma descrição sobre o medo, que transcrevo abaixo:
“ O medo é o movimento fantasioso que a mente faz, na tentativa de repelir, de impedir que um acontecimento indesejável do passado ocorra novamente no futuro. Esta repulsão acaba por reforçar a lembrança da dor. É o apego a dor, apego a idéia da dor, da punição, da vergonha, da humilhação. Tal repulsão é o desejo, a expectativa, a ansiedade de que estas coisas não se repitam. Tal repulsão é o desespero para evitar que venhamos a sentir dor , que venhamos a sofrer. É o apego ao pior, ao ruim”.

E acrescenta: “ O medo nasce da comparação entre nossas ações e nossos conceitos, padrões e valores ou das comparações que fazemos entre nós e as outras pessoas o que na realidade também acaba por se remeter a nossos padrões, conceitos, valores, aos nossos julgamentos”.
No meu entender, o mais importante sobre esses conceitos sobre o medo é o que diz: “ O medo embota a mente. Impede-nos de agirmos de forma correta, de forma reta, impede-nos de falarmos diretamente e nos leva à mentira e à falsidade . Com medo não podemos ser retos”

A propósito, antes de se deixar levar pelo medo, é bom nunca esquecer , também, que as lentes dos óculos determinam o modo como você percebe a realidade, segundo Jostein Gaarder. Ainda Gaarder, tudo o que você vê é parte do mundo que esta fora de você mesma; mas o modo como você enxerga tudo isto também é determinado pelas lentes dos óculos e se estas forem vermelhas/escuras, você não pode dizer que o mundo (ou pessoas)é vermelho/escuro ainda que neste momento ele pareça vermelho/escuro. Mas isto são termos comparativos de visão entre racionalistas e empíricos. Disto falarei noutro momento

Um comentário:

Anônimo disse...

O medo nos deixa estáticas, paralisadas...É melhor quando não o sentimos, mas muitas vezes somos colocados em cada situação... Lindo! um beijo,chica