quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PERDIDA NO JARDIM DE CAMINHOS QUE SE BIFURCAM



Hoje amanheci perdida no “Jardim de caminhos que se bifurcam” de propriedade de Jorge Luiz Borges, e não faço a menor questão de ser achada . Por favor, ninguém se dê ao trabalho de chamar o Corpo de Bombeiros. Estou fugindo que nem o snoopy, cansada deste mundinho, de me sentir tautológica, de explicar por formas diversas, a mesma coisa: não sou isso; não fiz isso; não faço isso; quê quê isso; não quero isso; quem fez isso; por que isso; isso, isso, isso; de ser indagada “se em B influem A ou C; em Aproximação a A, pressente ou advinha através de B a remotíssima existência de Z. a quem B não conhece”. Agora, eu indago do leitor/leitora se já leu The Secret Fount (1901) pois, desavergonhadamente, confesso, que puxei o aspeado ai de cima, de lá, com a aquiescência do dono do Jardim.

E nessa minha fuga percorri alamedas, transpus corredores, ouvi conversas estranhas sobre espelhos, considerados monstruosos e tão abomináveis quanto a cópula, porque multiplicam o número de homens. Coisa de louco, ou melhor, pensamento dos heresiarcas de Uqbar, relatado por Bioy Césares. Deixa pra lá, coisas saídas da cachola do escritor Jorge Luiz Borges
Cáspite! Mas esta minha crônica está saindo mais complicada do que o texto da criativa escritora AnaMarques: O Testículo Que Não Queria Sair , que, para comentar, pedi help à autora. Quem quiser fazer um teste de inteligência vá lá na Ana, leia o texto e descubra no final, se é o cachorro ou o testículo quem fala.

E assim, caminhando, cheguei às terras baixas - terras baixas, sim senhor, ta lá escrito, de Tsai Jaldún... Estou cansada, se ao menos encontrasse um meio-fio eu sentaria e jogaria pedras a esmo. Mas, também, serviria a margem de um rio... Quando falei em terras baixas me veio à mente “terras elevadas ” da Ana, (sem sobrenome) personagem de que muito gosto da escritora Marília Paixão e em homenagem a tal personagem, o rio bem que poderia ser o Mandu, ai eu penduraria a minha harpa num ramo de um salgueiro, se nessa margem tivesse, sentaria e choraria... Mas, espere ai, eu choraria por quê ? Por isso? Isso? isso? Ah, tenha paciência, choro nada!

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito, como sempre,Zelia! É melhor não chorar nada, senão vais ter que dar mil satisfações dos motivos desse choro, se não estás bem, como não estás bem e por aí vai... é melhor fazer isso:"Halt die klape", e assim, enquanto vais querer saber o que é, querendo traduzir do alemão, já nem vais ter vontade de chorar e ninguém te perguntará nada. Prático,não??? Boa tarefa então!!!rsrsrs um beijo,chica