Não há canto na caminhada, já não somos todos irmãos; já não sabemos se o que nos espera é um Auschivitz; já não sabemos se virá por imposição, decreto, projeto ou medida provisória a lei que determinará a marcação do número do nosso celular em nossos braços, com a obrigatoriedade do monitoramento das chamadas: de quem para quem, do que disse e do que ouviu. Só sabemos que o Grande Irmão nos vigia, com a cumplicidade do nosso “Winston Sunth (personagem da fábula “
Já não importa que sejamos probos, já não existe mais sossego na vida dos homens públicos deste país, visto que todos estão sendo jogados na vala comum da improbidade. E a época da inquisição revive, com as ferramentas da modernidade sem a necessidade dos trâmites legais e sem aquela historinha de que se é inocente até provas em contrário, basta o Quarto Poder girar a sua artilharia na direção do alvo escolhido e pronto! Por ilações e imaginação dignas de um Gilberto Braga, cria-se o “monstro”. Às favas a Justiça em todas as suas instâncias. Com a Imprensa, o poder de investigar, denunciar, julgar, condenar, execrar. Ao “condenado” só lhe resta o júris sperniandi .
Não se pode esconder, no entanto, que no meio político, figuras comprovadamente controversas - das que acreditam que “o inferno são os outros” -tentam passar a imagem de paladinos da ética e da moral, arvorando-se criadores de grandes feitos e com a proclamação de tais, tentam esconder a verdadeira pobreza moral que os circundam, no afã de emoldurar os deslizes éticos pelo “gás néon”
Para os que têm discernimento, cabe no momento do exercício democrático do voto, impor a sua vontade, defenestrando os aventureiros para livrar o futuro da “distopia” prevista por George Orwell e deixar fluir a “Utopia” de Thomas More.
Enquanto a hora não é chegada revestidos da nossa impotência, só nos cabe assistir via on-line o festival de todo mundo denunciando todo mundo.
Um comentário:
É uma novela, com roteiro,personagens reais e o pior: uma audiência espetacular que não faz absolutamente nada , a não ser reclamar ou pedir um "vale a pena ver de novo"
Povo manso esse do Brasil
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