Isto vem a propósito da proliferação de “gurus” que assola este mundo e da dependência cada vez mais crescente de pessoas a esses “divinos” em busca de oráculos.
E haja “gurus” e seguidores: uns fundam igrejas; outros partem para o ocultismo; vem outra põe-se à caçar anjos, explicando através de livros – que vende às pencas – o sexo dos ditos; ainda tem quem, através de livros e conferências queira ensinar aos outros como ficar rico; Há quem impressione entortando moedas e soltando os seus “RÁs”!; e até quem lance a trilogia da “Cabala do Dinheiro, A Cabala da Comida e a Cabala da Inveja”.
“Auto-ajuda” é o que não falta para quem acredita necessitar. Mas, o autoconhecimento como é que fica? Diz o médico psiquiatra /Davi Harold Fink, que muitas pessoas consideram a sua pessoa como se fora uma casualidade, como se a descoberta de si mesmo fosse menos importante que a descoberta da América, quando cada um pode ser seu próprio Colombo. E diz mais: dentro de cada um de nós existem oceanos não cartografados que podem ser navegados e ricos continentes para serem desenvolvidos. A exploração e cartografia (discernimento psicológico) é a antítese de caminhar à-toa, do prosseguir caminhando em círculos, não atingindo ponto algum. E que para agir inteligentemente a pessoa precisa saber para onde ir. Precisa saber quais as suas necessidades, saber no que está se esforçando fortemente para fazer, mantendo os pés no chão.
Parece que existe a sua razão de ser a tal história de se firmar os “pés no chão”. A propósito de disso, tem uma passagem da mitologia grega que fala da luta entre Hércules e o gigante Anteo. Hércules era um possante lutador e podia levantar o gigante do chão e fazê-lo cansar. Ms quando já estava perto de vencer a luta, eis que deixou que Anteo pusesse os pés no chão e como conseqüência disso o gigante recobrou as forças e Hércules sentiu-se quase perdido. Entretanto, descobrindo o segredo da reabilitação milagrosa de Anteo, Hércules conseguiu novamente levantá-lo, tirando seus pés da terra e desta forma vencer seu antagonista.
Segundo o doutor Davi, já citado,Isto prova que todos nós somos parecidos com o gigante Anteo. Precisamos retomar à Mãe-Terra para recobrar nossas forças. Temos que permanecer com os pés na terra. Quando nos sentimos abatidos e desencorajados, querendo fugir de tudo, podemos voltar a ser fortes e esperançosos integrando-nos. Para tanto, sendo o seu próprio Colombo.
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